os dias são demasiado curtos
e as noites demasiado longas.
a saudade faz questão
de te desenhar
todas as noites
nos meus sonhos.
28/02/10
27/02/10
Equinócios de Outono
Hoje, só por ser Outono, vou chamar-te "meu amor"
Contra as regras do que somos, vou chamar-te "meu
amor"
Hoje só por ser diferente te encontrar
E há flores e há cores e há folhas no chão
que podem não voltar...
podes não voltar.
Mas é eterno em nós
e não vai sair...
Hoje, só por ser Outono, vou...
Tiago Bettencourt - Outono
24/02/10
Equinócios da noite
mais uma noite
igual a tantas outras.
a certeza que te quero a todo o instante
a incerteza de saber se existes.
entre tabuadas e moscateis
estavas lá
nas entre linhas da noite.
quando menos te tenho,
mais te quero.
sou a favor da contrariedade.
desculpa, se te amo sem saber.
igual a tantas outras.
a certeza que te quero a todo o instante
a incerteza de saber se existes.
entre tabuadas e moscateis
estavas lá
nas entre linhas da noite.
quando menos te tenho,
mais te quero.
sou a favor da contrariedade.
desculpa, se te amo sem saber.
23/02/10
Equinócios de anjo mudo
'' Quando o vento se levanta e passa,
tua cabeça adormecida põe-se a brilhar.
Em redor dela um halo de sombra onde
a minha mão entra, vagarosamente,
pedindo-te um Sinal.
Procuro o rosto com os dedos afiados pelo desejo.
Procuro o rosto com os dedos afiados pelo desejo.
Toco a alba das pálpebras que, de súbito, se abrem para mim.
Um fio de luz coalha na saliva do lábio.
Ouvimos o mar,
Ouvimos o mar,
como se tivéssemos encostado a cabeça ao peito um do outro.
Mas não há repouso nesta paixão.
O dia cresce, sem luz e os pássaros soltam-se do pólen dos sonhos,
embatem contra os nossos corpos.
Nada podemos fazer.
Um risco de passos ensanguentados alastra pelo chão da cidade.
Nada podemos fazer.
Um risco de passos ensanguentados alastra pelo chão da cidade.
A noite cerca-nos, devora-nos. Estamos definitivamente sozinhos.
Começamos, então, a imitar a vida um do outro.
Começamos, então, a imitar a vida um do outro.
E, abraçados, amamo-nos como se fosse a ultima vez...
O tempo sempre esteve aqui,
O tempo sempre esteve aqui,
e eu passei por ele quase sempre sozinho.
No entanto, recordo:
No entanto, recordo:
deixaste-me sobre a pele um rasgão que já não dói.
Mas quando a memória da noite consegue trazer-te intacto,
fecho os olhos, o corpo e a alma latejam de dor.
Dantes, o olhar seduzia e matava outro olhar.
Dantes, o olhar seduzia e matava outro olhar.
Agora, odeio-te por não me pertenceres mais.
Odeio-te.
Abro os olhos.
Regresso ao meu corpo e odeio-te.
E, quem sabe se no meio de tanto ódio não te perdoaria
- mas ambos sabemos que o perdão não existe.
Se fugias, perseguia-te.
Se fugias, perseguia-te.
Mas o olhar começava a cegar.
Sentia-te, já não te via.
E o pior é que o tacto também esqueceu, rapidamente,
a sensualidade da pele e o calor do sexo.
O rosto aprendido de cor.
Hoje, tudo se sobrepõe.
Hoje, tudo se sobrepõe.
Nomes, rostos, gestos, corpos, lugares...
um montão de cinzas que me deixaste como herança.
Não devo perder tempo com o ciúme.
Não devo perder tempo com o ciúme.
A paixão desgastou-me.
E nunca houve mais nada na minha vida - paixão ou ódio.
Só isto: se me aparecesses agora, tenho a certeza, matava-te."
Só isto: se me aparecesses agora, tenho a certeza, matava-te."
Al Berto
21/02/10
Equinócios de Leste
Ele - Estou cada vez mais longe e cada vez com mais vontade de estar por perto,
estou a ouvir capitão romance.
Ela - É a primeira vez que me deixas sem palavras.
Equinócios de Leste
Ele: Estou cada vez mais longe, e cada vez com mais vontade de tar perto, tou a ouvir capitao romance.
Ela: É a primeira vez que me deixas sem palavras.
19/02/10
16/02/10
Vestigios de equinócios
Há vestigios de ti por toda a parte.
entre um jazz e um cigarro.
entre conversas de balcão e olhares indiscretos.
mesas vazias, cadeiras desarrumadas.
e a luz da noite lá fora.
há vestigios de ti por toda a parte
e eu nem sei quem tu és.
às vezes, tento lembrar-me de mim,
antes de existires;
a memória tropeça-me,
os dias desfocam-se.
tenho apenas
estas poucas palavras tristes.
metade de mim é saudade
a outra são vestigios de ti.
(até amanhã)
entre um jazz e um cigarro.
entre conversas de balcão e olhares indiscretos.
mesas vazias, cadeiras desarrumadas.
e a luz da noite lá fora.
há vestigios de ti por toda a parte
e eu nem sei quem tu és.
às vezes, tento lembrar-me de mim,
antes de existires;
a memória tropeça-me,
os dias desfocam-se.
tenho apenas
estas poucas palavras tristes.
metade de mim é saudade
a outra são vestigios de ti.
(até amanhã)
14/02/10
11/02/10
Equinócio ?
Porquê?
(pergunta retórica)
meu amor está perto
vejo-o correndo para mim
só que eu não sou certo
vejo-me correndo para o fim
Foge foge Bandido
(pergunta retórica)
meu amor está perto
vejo-o correndo para mim
só que eu não sou certo
vejo-me correndo para o fim
Foge foge Bandido
08/02/10
07/02/10
Equinócios de encanto
A seta apaixonou-se pelo vento
Quis deixar-se levar pela sua força
Voámos os dois na mesma direcção
Mas o vento só vai para onde lhe apetece
Amanhã não vais ter tanto encanto.
Oioai - A seta
Quis deixar-se levar pela sua força
Voámos os dois na mesma direcção
Mas o vento só vai para onde lhe apetece
Amanhã não vais ter tanto encanto.
Oioai - A seta
05/02/10
Equinócios de pouca sorte
Apenas estou conformada
Conformada de perder-te
Por isso quero esquecer-te
E ao mesmo tempo lembrar-te
Foi pouca sorte encontrar-te
Mas foi um bem conhecer-te
(...)
Recordando o que passei
Fico a pensar sem saber
Porque foi que te encontrei
Se tinha que te perder
Porque foi que te encontrei
Se tinha que te perder
Manuel de Almeida/Fado Corrido
Arr. Rão Kyao
Conformada de perder-te
Por isso quero esquecer-te
E ao mesmo tempo lembrar-te
Foi pouca sorte encontrar-te
Mas foi um bem conhecer-te
(...)
Recordando o que passei
Fico a pensar sem saber
Porque foi que te encontrei
Se tinha que te perder
Porque foi que te encontrei
Se tinha que te perder
Manuel de Almeida/Fado Corrido
Arr. Rão Kyao
04/02/10
Equinocios de ressaca
Como é que tudo aquilo que não acreditava,
de repente começa a fazer todo o sentido?
não vou dizer mais nada
porque as palavras as vezes estragam tudo.
de repente começa a fazer todo o sentido?
não vou dizer mais nada
porque as palavras as vezes estragam tudo.
02/02/10
Equinócios de pouca inspiração
Um dia ele acordou de manhã
e ela não estava ao seu lado.
Tinha ido embora. Deixou um bilhete:
''Tu fazes-me rir mas ele ainda me faz chorar''
A bela e o paparazzo
e ela não estava ao seu lado.
Tinha ido embora. Deixou um bilhete:
''Tu fazes-me rir mas ele ainda me faz chorar''
A bela e o paparazzo
01/02/10
Equinócios em milhares de cacos
Eu perco o chão, eu não acho as palavras
Eu ando tão triste, eu ando pela sala
Eu perco a hora, eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim
Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos,
eu estou ao meio
Onde será que você está agora?
Adriana Calcanhoto - Metade
Eu ando tão triste, eu ando pela sala
Eu perco a hora, eu chego no fim
Eu deixo a porta aberta
Eu não moro mais em mim
Eu perco as chaves de casa
Eu perco o freio
Estou em milhares de cacos,
eu estou ao meio
Onde será que você está agora?
Adriana Calcanhoto - Metade
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